"Já não me lembro sequer por que tínhamos discutido. Mas eu tinha sido cruel para com ela, disso eu me lembro. Ela chorava convulsivamente. Eu não sabia o que mais dizer.
- Desculpa, desculpa, desculpa...
De costas voltadas para mim, limpou as lágrimas com gestos enérgicos e disse:
- Para que eu possa aceitar as tuas desculpas, preciso de ver sangue.
- Sangue de quem? Meu ou teu? – exclamei eu, irado.
Virei-lhe costas e dirigi-me para a cozinha. Agarrei numa faca, e segurando-a com firmeza, regressei para junto dela.
- Peço muita, muita desculpa, meu amor...
Desferi vários golpes no meu braço esquerdo. Mesmo assim, ela não me desculpou se não passados alguns dias. (...)"
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